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  • Location: Em algum lugar perdido do Br
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  • Join Date: June 2, 2025

Cryssieee

Em algum lugar perdido do Br
Completed
Bad Buddy
3 people found this review helpful
Jun 6, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 7.0
Story 6.0
Acting/Cast 10
Music 6.0
Rewatch Value 6.0
This review may contain spoilers

Muito charme, pouca coragem

Bad Buddy é uma daquelas séries que enganam bem. Você começa achando que vai assistir só mais um BL com rivalidade boba e momentos fofos, mas logo percebe que tem alguma coisa ali, principalmente na química absurda entre os protagonistas, Pat e Pran. E isso te prende. Eles te prendem.

Só que quando a poeira da empolgação baixa, você percebe: Bad Buddy tem coração, sim, mas falta profundidade. É como um romance adolescente que quer tocar em temas sérios (pressão familiar, rivalidade, repressão, expectativas sociais), mas decide dar meia-volta sempre que chega perto de um conflito real. O roteiro hesita. Flerta com a ousadia, mas nunca se compromete. Parece ter medo de deixar a fofura sair machucada.

Pat e Pran são ótimos. A dinâmica deles é elétrica, cheia de tensão, carinho e humor na medida certa. Dá pra entender fácil porque tanta gente se apaixonou por eles. Mas vamos ser sinceros: essa história só funciona porque os dois atores carregam tudo nas costas. O roteiro, por si só, é preguiçoso. A rivalidade entre famílias, que deveria ser o centro do drama, é rasa e quase caricata. Parece um pretexto mal aproveitado pra forçar encontros e esconderijos.

E falando nisso, quantas vezes a gente vai ver casais escondidos fingindo que isso é libertação? O final, com eles juntos mas ainda escondendo tudo de todos, não é libertador. É conformista. É como se a série dissesse: “Sim, vocês podem amar... desde que ninguém veja.” Não é bonito. É frustrante.

Visualmente, a série é polida. A trilha sonora funciona, a direção tenta ser criativa, os diálogos têm bons momentos. Mas tudo isso só serve pra maquiar o fato de que Bad Buddy joga seguro demais. A sensação é que os criadores sabiam o poder da fanbase e decidiram entregar só o suficiente. Fanservice bem embalado, mas com pouco peso.

Bad Buddy é uma fanfic com orçamento, sustentada por carisma, química e cenas fofas. Funciona? Funciona. Vai fazer você sorrir, talvez até chorar em uma ou duas cenas. Mas se você parar pra analisar com um pouco mais de frieza, vai ver que o potencial foi muito maior do que o resultado. O que poderia ter sido uma história marcante sobre amor, conflito e libertação virou um namoro secreto com final morno.

Se você só quer se apaixonar por um casal carismático e ignorar os furos, vá fundo. Agora, se você quer uma narrativa que realmente diga algo, que desafie estruturas e não tenha medo de se posicionar… Bad Buddy vai te deixar querendo mais. E não no bom sentido.

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Dropped 9/12
Only Friends
6 people found this review helpful
Jun 3, 2025
9 of 12 episodes seen
Dropped 7
Overall 6.5
Story 6.0
Acting/Cast 10
Music 6.0
Rewatch Value 4.0

Comecei curiosa, terminei cansada. Não é ruim, só não é pra mim.

Comecei Only Friends com curiosidade por ser uma proposta diferente dentro do universo BL, mais ousada, sexualmente aberta e com personagens complexos. E de fato, a série entrega tudo isso. O problema é que, pra mim, entregou demais… e sem muito coração.

O drama tenta mostrar um grupo de amigos lidando com desejos, ciúmes, traições e inseguranças. A ideia era boa, e o elenco é ótimo (Force, Book, First, Khaotung, todos incríveis). A produção também é moderna e bem feita. Só que nada disso compensou o cansaço emocional de acompanhar personagens que parecem competir pra ver quem toma as decisões mais tóxicas.

Não consegui me apegar a nenhum casal. A maioria das relações parece baseada em desejo ou ego, não em afeto. O roteiro força conflitos pra manter o caos, mas raramente mostra crescimento emocional real. Depois de nove episódios, percebi que eu não me importava mais com o que ia acontecer. Dropei sem arrependimentos.

Não é um drama ruim. Tem seu valor pra quem busca algo fora da caixinha e mais "realista". Mas se você gosta de BL com romance, conexão emocional e evolução de personagens, talvez seja melhor procurar em outro lugar.

Only Friends não é pra todo mundo. Não foi pra mim.

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Completed
Season of Love in Shimane
3 people found this review helpful
Nov 18, 2025
8 of 8 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 3.0
Acting/Cast 5.0
Music 3.0
Rewatch Value 2.0
This review may contain spoilers

Chato...

A segunda temporada de Kiseki Chapter, é basicamente a mesma coisa da primeira… só que pior. Tem menos cenas de sexo? Até tem, em alguns momentos. Mas isso não melhora absolutamente nada, porque tudo o que já era ruim na primeira volta aqui do mesmo jeito: a propaganda escancarada do Japão, os diálogos expositivos até a alma, conversas longas que não levam a lugar nenhum, monólogos eternos, uma história que mal existe. É um monte de nada sobre nada.

Os episódios têm quase uma hora e, sinceramente, são quase uma hora de puro vazio. É desinteressante, é arrastado, é chato mesmo. A única diferença real em relação à primeira temporada é que saiu o BeBoy e entraram dois personagens novos. Só isso. O resto continua igual, só que ainda mais cansativo.

A primeira temporada eu assisti inteira. Essa eu também assisti inteira, mas só porque botei no 2x e fui avançando sem dó. E é isso: nada prende, nada envolve, nada dá vontade de continuar. É só muita falação, muito diálogo que parece decoreba de texto turístico, muita ladainha que não acrescenta nada. É chato. Só é chato.

E aí vem o combo propaganda: como agora tem mais patrocinadores, eles fazem propaganda dentro da propaganda. Você está lá vendo uma conversa sem graça e, do nada, vira praticamente um anúncio ambulante. É cansativo.

Sobre as cenas de sexo… sinceramente, virou praticamente um pornô gratuito mais uma vez. A única diferença é que não mostram as genitais, ou tentam não mostrar, porque às vezes escapa e eles tacam um blur por cima. Mas de resto, é explícito, é mecânico, e não cria clima nenhum. E eu não tenho nada contra cenas explícitas, desde que tenham emoção, conexão, algum sentimento. Aqui não tem nada disso. É só sexo jogado no roteiro sem emoção, sem construção, sem motivo.

No fim, eu não recomendo. A primeira temporada é até ok. A segunda é uma bandeja cheia de nada, servida com pressa e sem tempero. Se você quiser insistir, vá em frente, mas já vá sabendo que não tem muito ali pra aproveitar. É só vazio bonito, embalado como se fosse profundo.

E pra completar, tem uma cena específica que até hoje me dá arrepio de vergonha alheia. Eles estão num banheiro, e do nada aquilo vira uma propaganda escancarada de uma cueca da PlayStation. Meu Deus do céu, eu até fico tonta de lembrar. É horrorosa. O diálogo é tão constrangedor que parece que alguém jogou um script improvisado no chão e falou “decora isso aí rapidinho e vamos gravar”. Eu não sei como aqueles atores tiveram coragem de aceitar gravar aquilo. É vergonhoso e desconfortável aqueles trocadilhos com genitais e joysticks. Só de lembrar me dá arrepios.

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Completed
Kiseki Chapter 2
3 people found this review helpful
Nov 18, 2025
6 of 6 episodes seen
Completed 0
Overall 5.0
Story 4.0
Acting/Cast 5.0
Music 5.0
Rewatch Value 4.0
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Me senti vazia assistindo isso

Eu me senti vazia assistindo Kiseki Chapter. De verdade, parecia menos uma série e mais um grande comercial turístico do Japão. Tudo é tão certinho, tão limpinho, tão montado, que chega a dar a sensação de que alguém ali estava desesperado pra vender pacotes de viagem. As conversas simplesmente não acontecem de forma natural. É tudo tão encenado, tão sem alma, que eu quase conseguia ver os olhos deles descendo para ler o roteiro.

Até no final, quando eles estão falando de despedida, dizendo que vão sentir falta um do outro, não tem um pingo de emoção. As palavras saem, mas não chegam em lugar nenhum. É aquele tipo de cena que era pra apertar o peito, mas fica completamente plana. A voz não treme, o olhar não muda, as lágrimas não convencem, nada ali passa verdade. É estranho ver um momento desses soar tão vazio assim.

E é isso, dá pra assistir, dá pra matar o tempo, os meninos são fofos, mas alguma coisa ali simplesmente não aconteceu. A narrativa é vazia, as conversas são monótonas, e até os momentos que deveriam ter aquela tensãozinha romântica parecem só dois seres, sedentos por sexo, os beijos são bonitos, mas é sem aquela faísca do contato humano que faz a gente acreditar no casal. Às vezes parece até uma cena de pornô, onde mostram nudez e toques explícitos, mas esqueceram de colocar emoção entre uma troca de olhares e outra.

Não é a pior série que eu já vi, mas também está longe de ser algo que eu vou lembrar com carinho. Fica ali no limbo: bonita de ver, cheia de paisagens fofinhas e homens bonitos, mas completamente vazia por dentro.

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Completed
Perfect 10 Liners
3 people found this review helpful
Aug 19, 2025
24 of 24 episodes seen
Completed 0
Overall 9.0
Story 8.0
Acting/Cast 10
Music 8.0
Rewatch Value 10
This review may contain spoilers

Apaixonada por cada casal que apareceu por aqui

Perfect 10 Liners foi uma bagunça que eu acabei curtindo mais do que esperava. Eu achava que seria só mais um BL universitário fofinho, mas o negócio virou uma comédia romântica com um monte de casais, piadinhas meio sem noção e aquele caos que a gente adora, no fim, me fez rir e shippar mais do que deveria. Não é profundo, não é revolucionário, mas tem uma vibe leve que é muito gostosinha de acompanhar, mesmo quando enche linguiça.

Agora, vamos de casal por casal porque cada um tem sua peculiaridade.

Arm & Arc: esse é o casal principal que da inicio a toda bagunça, e a história deles começa meio torta. Arm administra a famosa página "Engineer Cute Boy" e mete os pés pelas mãos quando posta uma foto do Arc sem permissão. A treta rende briga, troca de farpas e, claro, vira atração. Eles têm aquela dinâmica de “eu te irrito, você me mata de raiva, mas no fundo a gente se gosta”. E a química deles funciona de um jeito natural e divertido, nada forçado. É clichê, mas um clichê bem feito.

O bom é que, diferente de muitos BLs onde o conflito inicial é só jogado, aqui a treta deles realmente alimenta a história. Eles começam se odiando, se provocando o tempo todo, e essa tensão cresce de um jeito que não fica forçado. O Arm adora cutucar, o Arc não dá o braço a torcer, e aí, quando você vê, os dois já estão presos um no outro sem nem perceber. E a química deles funciona porque não tem aquele clima de “o destino juntou a gente, apenas aceite”. Eles se constroem na base da convivência, dos atritos, das situações bizarras que acabam enfrentando juntos. O Arm vai mostrando um lado mais vulnerável, enquanto o Arc começa a soltar o gelo e revelar que não é só o cara sério que paga de durão. No fim, Arm & Arc são caóticos, briguentos, mas é justamente isso que os torna cativantes: você acredita na relação deles porque ela cresce entre tapas e beijos, com humor, com falhas, mas também com muito carinho e fofura juntos.

Yotha & Gun: eles foram meu casal favorito sem nem precisar forçar nada, sabe? Enquanto os outros vinham no caos e na gritaria, os dois eram aquela calmaria que ia crescendo aos pouquinhos, no maior estilo slow burn. O Yotha começa todo fechado, carregando seus traumas e aquela postura séria de quem não quer deixar ninguém chegar perto. Mas aí entra o Gun, com aquela energia leve, paciente, dizendo “tá tudo bem, eu espero você no seu tempo”.

O que mais me pegou é como eles não foram jogados em drama gratuito. O romance deles não precisou de briga gigante ou reviravolta absurda pra funcionar. Foi sobre as pequenas coisas: uma conversa sincera, um olhar que diz mais do que palavras, aquele momento em que um segura o outro quando as memórias pesam. E aí você percebe como o Gun vai quebrando, pedacinho por pedacinho, as muralhas do Yotha, não invadindo, mas mostrando que estar vulnerável também é força. E, sério, a mudança do Yotha foi o que mais mexeu comigo. Ver ele saindo da defensiva, aprendendo a confiar, se abrindo pra sentir de verdade… foi lindo. E não é só sobre ele mudar por causa do Gun, mas sobre como eles se ajudam, se apoiam, se curam juntos. Tem uma reciprocidade tão genuína ali que eu não conseguia não me apaixonar por eles. Pra mim, Yotha & Gun são o coração silencioso da série. Enquanto tudo acontecia no caos ao redor, eles mostravam que amor também pode ser tranquilo, curativo e cheio de respeito. Talvez por isso tenham me marcado tanto.

Faifa & Wine: foram o casal que eu não sabia se ia engatar ou se iam só me deixar irritada, e, olha, no fim das contas eles entregaram uma dinâmica gostosa de acompanhar. O Faifa tem aquela energia meio debochada, mas sem deixar de ser gentil, sempre pronto pra soltar uma piadinha ou provocar, enquanto o Wine é mais contido, tentando manter uma pose séria, mas caindo fácil nos encantos do outro. A química deles não é tão explosiva quanto Arm & Arc, nem tão delicada quanto Yotha & Gun, mas eles encontraram um meio-termo divertido, cheio de provocações que acabam virando carinho.

O que eu gostei nos dois é como eles fugiram um pouco do clichê “gato e rato que só brigam”. Claro que teve faísca, teve atrito, mas foi tudo numa medida que não cansa. O Faifa, por mais metido que seja, deixa escapar aquela vulnerabilidade de quem só quer ser aceito. E o Wine, que parecia todo fechadão, vai abrindo espaço pro Faifa entrar, quase sem perceber. Essa troca deles fez o romance fluir de forma leve, sem peso desnecessário. No fim, o casal se encaixa na trama como aquela peça que completa o quebra-cabeça: nem tão caótico quanto Arm & Arc, nem tão profundo quanto Yotha & Gun, mas trazendo uma dinâmica que equilibra as coisas. E eu não vou mentir, eles me fizeram sorrir que nem boba pra tela, principalmente depois que começaram a namorar e o Faifa virou aquele namorado bobão que não se aguenta com a fofura do Wine.

E tenho que falar também dos casais secundários, porque eles também merecem destaque.

Sand & Pond: Sand é brincalhão, cheio de energia, sempre pronto pra uma piada ou uma provocação, enquanto Pond é mais sério, focado e meio na dele. Esse contraste entre os dois cria momentos muito divertidos, Sand tentando tirar Pond da zona de conforto, e Pond tentando manter a compostura, mas cedendo aos poucos ao charme do parceiro. Eles têm uma química leve e natural, cheia de olhares e pequenas atitudes que mostram carinho sem precisar de cena dramática ou exagerada. Mesmo sendo secundários, conseguem roubar a cena em várias situações e dar aquele respiro na trama, equilibrando a tensão dos casais principais. Além disso, a evolução deles é sutil: você percebe que, aos poucos, Pond vai se soltando e Sand aprende a respeitar o ritmo do outro, tornando o romance divertido, fofo e muito crível.

Warit & Klao: Wa é doce, paciente e sempre disposto a entender o outro, enquanto Klao é briguento, explosivo e possessivo. Essa diferença cria uma tensão deliciosa entre eles: Klao tem aquele temperamento forte que, às vezes, explode por qualquer motivo, e Wa consegue lidar com isso de forma equilibrada, sem perder a calma em alguns momentos. O interessante é que, por mais que Klao seja difícil, Wa não se deixa engolir; ele tem sua própria força e isso faz com que o romance não se torne só “um drama de ciúmes”. Ver Klao se abrir aos poucos e mostrar vulnerabilidade, enquanto Wa apoia e entende, é incrível, é aquele tipo de casal que ensina que amor pode ser intenso e saudável ao mesmo tempo. A evolução deles é sutil, mas significativa: você percebe que ambos aprendem a ceder, a confiar e a se respeitar, criando uma química que brilha justamente por esse equilíbrio entre explosão e ternura.

No geral, a série é isso: leve, engraçada, cheia de shipps pra gente se perder. Tem episódios longos demais e personagens que aparecem só pra lotar a tela, mas se você embarcar sabendo que não vai encontrar nada super profundo, dá pra se divertir de verdade. No fim, foi gostoso acompanhar esses romances que, apesar de começarem meio tortos, entregaram uma coisa saudável e leve de assistir. Eu indico a série de coração. Apesar de não ter uma história profunda, Perfect10 Liners soube administrar muito bem suas tramas e subtramas. Cada casal, principal ou secundário, tem seu charme e encanto, e a série consegue fazer a gente se apaixonar por eles e pelos romances que vão construindo ao longo da história. Pode ir sem medo.

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Completed
Secret Ghost
2 people found this review helpful
8 days ago
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 4.0
Music 1.0
Rewatch Value 1.0
This review may contain spoilers

Assisti Secret Ghost pra você não ter que assistir

Secret Ghost foi uma série que eu comecei a assistir já com as expectativas lá embaixo. Logo de cara deu pra perceber coisas que me incomodaram, e infelizmente essas sensações só foram se acumulando ao longo dos episódios. Visualmente, é claramente uma produção de baixo orçamento, mas isso por si só não seria um problema. Tem muita série barata que funciona muito bem. O problema é que Secret Ghost não entra nesse grupo.

As atuações me incomodaram bastante. Faltava emoção. Mesmo nas cenas que claramente pediam tensão ou entrega emocional, choro, dor, conflito, nada chegava de verdade. Pelo menos em mim, não funcionou. Eu sentia que os atores estavam… atuando. Que tinham acabado de decorar o texto e estavam apenas recitando as falas. Os diálogos eram extremamente expositivos, explicativos demais, pouco naturais. Em vários momentos parecia uma leitura de roteiro em voz alta, não uma conversa real entre personagens.

Tecnicamente, a série também deixa muito a desejar. A captação de áudio é estranha. Em algumas cenas o som chiava, em outras o volume dos atores variava demais: um falava baixinho, o outro entrava alto demais, quase atropelando a cena. Isso acontecia com frequência. A música, muitas vezes, estava alta demais, enquanto as falas ficavam baixas, o que só piorava a experiência.

E isso piora ainda mais porque a série fala muito sobre música, clube musical, sonhos, ser artista, ser cantor. Tudo isso deveria causar impacto sonoro, deveria envolver quem está assistindo. Eu não gosto de julgar quem canta bem ou mal, e sinceramente, eles não cantam tão mal. Dá pra ouvir, é ok. O problema maior é a banda. Quando eles estão tocando, basicamente só existe bateria. A bateria estoura, domina tudo. Violão, guitarra, baixo… você quase não ouve nada. Os meninos estão ali tocando, mas o som simplesmente não aparece. Para uma série que se propõe a ser musical, isso é um erro enorme. Bastava um pouco mais de cuidado na mixagem, um mínimo de polimento nos instrumentos. Não aconteceu, e me incomodou bastante.

Sobre a história em si, o ritmo é muito mal distribuído. Os primeiros episódios são arrastados, enrolados, demorados demais. Eu mesma demorei a continuar assistindo porque parecia que nada realmente avançava. É aquela sensação de encheção de linguiça. Já nos últimos episódios acontece o oposto. Tudo vem de uma vez. Acontecimentos importantes são jogados em sequência, sem pausa. O episódio 10, que é o último, parece um despejo de informação. Dá a impressão clara de que perceberam que o tempo estava acabando e decidiram correr com tudo no final. O resultado é uma história mal contada, com tempo de tela mal aproveitado.

Teve cenas que eu simplesmente pulei. As cenas musicais, por causa do som dos instrumentos, e principalmente as cenas de publicidade. Era algo tão escancarado, tão forçado, que me tirava completamente da narrativa. Não era aquela propaganda discreta. Eram cenas criadas só para vender produto. Quando eu percebia que virou comercial, eu pulava, porque me irritava. Enquanto deveriam estar se preocupando em contar melhor a história, estavam ocupando tempo precioso com propaganda.

Chega no final e a história não se resolve direito. É uma decepção. Eu infelizmente não indico essa série. Os meninos são fofíssimos, carismáticos, mas a história foi tão mal conduzida que não dá. Se você quiser assistir, boa sorte, mas não é uma recomendação.

Não teve beijo em nenhum momento, e isso, sinceramente, não me incomodou. Se a história for boa, a ausência de beijo não faz falta. Já vi muitos BLs ótimos sem beijo algum. O problema aqui é que não tem beijo, não tem química e não tem uma história envolvente pra sustentar isso. Fica naquele vai e não vai que nunca vai.

Curiosamente, eu me apaixonei pelo suposto casal secundário: C e o Jod, amigo do Sia, que é o protagonista. Eles são fofos demais. O C tem aquela vibe de cara alto, valentão, do grupo dos bullies, mas é claramente sensível. E quando ele está perto do crush, fica todo bobinho, todo desarmado. Se alguém cita o nome do Jod perto dele, ele já muda completamente, fica todo nenenzinho, numa fofura absurda, se derretendo todo. Eu queria muito ter visto mais deles, mas nem o casal principal teve espaço direito, imagina o secundário.

O Blue e o Sia até são fofos juntos, mas o romance não convence. Dá pra sentir que a série queria focar nisso, mas não conseguiu construir. Teve uma cena em que o Blue, por ser um fantasma, consegue ter corpo, matéria fisica, e eles se deitam juntos na cama, abraçados. A cena corta para preto e, quando volta, eles aparecem sem roupa, insinuando que aconteceu algo. Foi tão forçado, tão mal encaixado, que eu sinceramente preferia que essa cena nem existisse.

Os cortes são estranhos, as transições são estranhas, o áudio é estranho. É uma pena, porque a ideia tinha potencial. Poderia ter sido algo bom, mesmo com baixo orçamento. Porque baixo orçamento não é sinônimo de baixa qualidade, mas aqui, infelizmente, a qualidade é baixíssima.

Apesar de tudo isso, eu torço muito para que os atores tenham boas oportunidades no futuro. Eles são carismáticos, fofos, e conseguiram entregar presença mesmo quando o roteiro não ajudava. As falas… misericórdia, só por Deus. Mas ainda assim, eles conseguiram conquistar meu coração. A série não me conquistou, mas eles sim.

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Completed
Infidelity, It's a Disease
2 people found this review helpful
Oct 27, 2025
4 of 4 episodes seen
Completed 0
Overall 4.0
Story 4.0
Acting/Cast 5.0
Music 4.0
Rewatch Value 2.0

Decente, mas falta muito pra chegar a ser bom

Dá pra resumir cada episódio em uma palavra, o que já diz muito sobre o tipo de narrativa que o curta entrega.
Episódio 1: assédio.
Episódio 2: coerção.
Episódio 3: doping.
Episódio 4: um relacionamento sem confiança e cheio de ciúmes possessivo.
É... pesado, né?
Infidelity, It’s a Disease tenta mostrar o quanto o amor pode ser distorcido quando falta equilíbrio, mas ficou na tentativa mesmo porque a narrativa se perdeu no meio do caminho.
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Completed
Suki Suki Wan Wan!
2 people found this review helpful
Oct 27, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 24
Overall 1.0
Story 1.0
Acting/Cast 1.0
Music 1.0
Rewatch Value 1.0
This review may contain spoilers

............

Eu juro que tentei assistir Suki Suki Wan Wan de boa, sem preconceito, sem expectativa nenhuma. Mas, meu Deus do céu, que vibe esquisita foi essa? Eu fiquei genuinamente desconfortável. A sensação era tipo assistir algo que claramente acha que é fofo, mas na verdade é só... perturbador. Sabe quando você sente um arrepio que não é de emoção, é de desconforto puro? Pois é. Piora com cenas de duplo sentido sobre zoo*** quando o cara mostra a foto de uma cadela e diz que está apaixonado e fica todo siricutico só em ver a foto dela.

Parece que quem escreveu essa história tinha uma fixação um tanto duvidosa pelo próprio pet, e pra tentar disfarçar, resolveu enfiar uma reencarnação no meio, como se isso limpasse o contexto. Não limpou. Só deixou tudo mais bizarro. As cenas do Kota criança brincando com o Ten, e o Ten lambendo ele daquele jeito, me deixaram tão desconcertada que eu simplesmente comecei a pular. Eles faziam questão de focar as lambidas na boca, coloca um slow motion e uma musiquinha fofa como se fosse uma cena romântica. Bizarro. Era impossível assistir sem sentir um misto de nojo e confusão. E olha que eu já vi de tudo em BL, mas esse ultrapassou o limite do “estranho, mas ok” e mergulhou direto no “por favor, alguém pare com isso”. Eu não consegui assistir de boa, coloquei no 2x e fui avançado só pra ver até onde isso ia.

E o pior é que não é só o Ten. Todos os animais parecem ter uma queda pelo Kota. Como se o roteiro tivesse decidido que o protagonista era tipo o messias dos bichos apaixonados. E aí vem essa ideia absurda de transformá-los em potenciais pares românticos. É doentio. Sério. Não tem nada de romântico, não tem nada de bonito, só uma sensação constante de “isso não devia existir”.

Quando terminou, eu não consegui nem rir da bizarrice. Fiquei mesmo enojada, meio arrependida de ter dado play. Suki Suki Wan Wan é o tipo de experiência que te faz querer tomar um banho depois, só pra tentar tirar a estranheza da pele.

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Completed
A Sketchy Job!
2 people found this review helpful
Oct 21, 2025
5 of 5 episodes seen
Completed 12
Overall 7.5
Story 7.0
Acting/Cast 8.0
Music 6.0
Rewatch Value 6.0
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Curtinho, fofo e, claro, com o drama obrigatório chinês

Mais um curtinha delicioso pra fazer companhia na hora do almoço, e sinceramente, deveria ser crime fazer algo tão curto com um casal desses. A química entre eles é absurda, daquele tipo que dá pra sentir mesmo nas cenas mais simples. A Sketchy Job tem aquela energia leve e envolvente que te faz querer mais, mas quando acaba você só consegue rir e aceitar que foram poucos minutos bem gastos. É fofo, divertido e tem aquele charme meio despretensioso que os curtas bons sabem ter.

Mas claro, a China nunca deixa de ser China, mesmo num curtinha tão direto ela tem que enfiar seu melodrama característico. O casal é perfeito, boas atuações, mas tem que aparecer aquela noiva vinda da baixa da égua pra atrapalhar tudo por causa das regras de família. É irritante, mas de algum jeito faz parte do charme deles.

E sem falar que to adorando a forma como os chineses estão encontrando jeitos criativos de divulgar seus trabalhos, mesmo com todas as regras sobre conteúdo LGBT+. É impressionante ver tanta qualidade em algo tão curto e com orçamento limitado, e dá pra sentir o esforço de toda a equipe e atores. Espero que em breve todos possam criar coisas assim em seu próprio pais, com segurança e sem restrições.

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Completed
FC Soldout
2 people found this review helpful
Sep 30, 2025
8 of 8 episodes seen
Completed 0
Overall 6.0
Story 5.0
Acting/Cast 5.0
Music 4.0
Rewatch Value 4.0

Nem fede, nem cheira

Eu vim assistir FC Soldout mais por causa dos meninos do Cityboy_log do que pela série em si, e olha… prefiro mil vezes ver eles no canal. Lá a coisa flui, é divertida, é natural, mesmo sendo atuação, é nítido o conforto deles. Aqui, dá pra ver que eles estavam travados, meio engessados, mas também, dá pra perdoar: pra maioria foi o primeiro trabalho oficial como ator, então rola aquele nervosismo. Só que essa insegurança transparece na tela, e isso meio que faz a experiência desandar.

O enredo até tenta ser interessante, tem a base de um BL coreano clássico misturado com aquele cenário esportivo que poderia render momentos bem intensos, mas não engrena. Tem casal? Tem. Dá pra shippar? Até dá, mas falta a oportunidade de fazer andar, falta aquele momento em que você pensa “é isso, agora vai”. Os secundários aparecem, fazem número, mas ninguém se destaca ao ponto de você lembrar depois que acabou. Tudo fica naquela sensação de “quase lá”, só que nunca chega.

E não é que seja uma série ruim, não chega a irritar nem a causar vergonha alheia, mas é morna demais. Você assiste, acompanha, espera que algo vá te fisgar… e nada acontece. Não tem grandes altos, não tem grandes baixos, só segue. Quando terminou, a única coisa que eu pensei foi: “ok, já posso partir pra próxima”. Infelizmente, é uma daquelas produções que não deixa marca, não dá vontade de revisitar, e daqui a pouco provavelmente vou esquecer até o nome.

Se eu recomendo? Só se você for muito fã dos meninos e quiser ver eles tentando algo novo, porque fora isso, a série não tem nada que segure. Foi mais curiosidade do que diversão, e no fim, ficou só como uma experiência esquecível.

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Completed
Fahlanruk
2 people found this review helpful
Jun 28, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 3.0
Story 3.5
Acting/Cast 3.5
Music 3.5
Rewatch Value 1.0

Vi até o fim, mas me arrependo

Fui ver Fahlanruk e já sabia que era meio bagunçado, mas não esperava que fosse me dar tanta agonia. A história até tinha um ponto de partida interessante, aquele típico “ficamos, mas será que tem sentimento?”, só que tudo foi se perdendo no meio do caminho. Nada parece evoluir direito, e quando tenta ir pra um lado mais dramático, simplesmente não cola.

Agora, o que realmente me incomodou foi o jeito que eles tratam as cenas de beijo. Sério, tem umas cenas em que parece que os atores estão fazendo aquilo com nojo. Aquela energia de “tô encostando, mas não encosta de volta”, e você fica ali vendo a coisa acontecer e pensando “ué, não era pra esse casal estar apaixonado?”. Dá uma travada tão grande que quebra qualquer clima, qualquer emoção. Fica tudo meio mecânico, desconfortável até pra quem tá assistindo.

A química aparece em um ou outro momento, mas logo some de novo. E quando você começa a torcer pra engrenar, vem um diálogo estranho, uma atuação sem vida, ou mais um beijo que parece castigo. E assim a série vai indo, meio sem rumo.

Só Terminei porque eu sou teimosa e gosto de ver até o fim pra poder reclamar com propriedade. Só abandono uma série quando vejo que tem potencial e penso “vou dar outra chance no futuro, vai que era meu humor que tava ruim”. Mas essa… essa não merece uma segunda chance.

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Completed
Your Sky: Uncut
2 people found this review helpful
Jun 12, 2025
12 of 12 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 7.0
Acting/Cast 8.0
Music 8.0
Rewatch Value 8.0

Não promete muito, mas entrega aconchego

Your Sky foi uma dessas séries que assisti num momento em que só queria algo leve, bonito e sem grandes complicações , e, nesse sentido, ela entregou exatamente o que prometeu. É um BL que não tenta inventar moda: aposta no romance simples, com personagens carismáticos e um visual que dá vontade de estar lá junto com eles, de chinelo e óculos escuros, vivendo um verão romântico.

Teerak e Muenfah são um casal que funciona. Eles têm uma química suave, sem exagero, e aquela dinâmica clássica de provocação leve que vai se transformando em carinho. Nada intenso ou arrebatador, mas é do tipo que você assiste com um sorrisinho no rosto. Me peguei torcendo por eles, mesmo sabendo desde o primeiro episódio como tudo ia terminar. E talvez essa previsibilidade tenha sido parte do conforto.

A estética da série ajuda muito na experiência. É tudo muito bonito, bem iluminado, com cenários fofos, clima de praia, encontros em lugares agradáveis... tem esse ar de “verão doce” que combina com a proposta. Até os figurinos parecem pensados pra refletir a personalidade de cada um, o que dá uma coesão visual gostosa de acompanhar. É aquela vibe que não exige nada do espectador, e às vezes, isso é tudo que a gente quer.

Mas não dá pra fingir que não faltou coisa. O roteiro é extremamente básico, segue o clichê do namoro falso virando verdadeiro sem nenhuma curva no caminho. É tudo muito na superfície, inclusive as emoções. O amor acontece porque tem que acontecer, e não porque a série constrói com cuidado esse sentimento. A conexão entre eles existe, mas se tivesse mais tempo, mais silêncio, mais conflito de verdade, talvez a coisa tivesse me tocado mais.

Os casais secundários… quase passam batido. Tem tentativas de dar espaço pro Real e pro Hia, mas é tão apressado que mal dá pra se envolver. Eles viram mais pano de fundo do que parte real da história. E olha que dava pra explorar bem mais ali.

No fim, Your Sky é aquele BL que você assiste como quem toma uma bebida gelada num dia quente: refresca, agrada, não exige nada demais, mas também não vai te marcar profundamente. Eu gostei de ter assistido, mesmo sabendo que é o tipo de série que some da memória depois de um tempo. Ainda assim, teve seu valor, e às vezes, tudo que a gente precisa é exatamente isso: algo leve, bonito, e que faz a gente sorrir um pouquinho sem motivo.

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Completed
The Boy Next World: Uncut
2 people found this review helpful
Jun 8, 2025
10 of 10 episodes seen
Completed 0
Overall 8.0
Story 7.0
Acting/Cast 9.0
Music 7.0
Rewatch Value 8.0

Quando o Sci-Fi do Pão com Ovo Vira Colapso Emocional

Nunca achei que um BL com sci-fi e orçamento de um pão com ovo fosse me fazer chorar no meio da madrugada, mas The Boy Next World conseguiu. E não foi um choro fofo, foi um colapso emocional completo.

Comecei esperando algo estranho, talvez confuso, talvez só bonito. O que recebi foi uma história que me engoliu. Aos poucos, foi crescendo até me deixar olhando para o teto, me perguntando se em algum outro universo eu também amei alguém assim.

Phu é gentil e calmo na superfície, mas carrega o peso de mil versões de si mesmo. Cada fala contida, cada silêncio, transmite essa carga. Cir, por outro lado, é fechado, direto, cheio de camadas invisíveis que não se explicam, só se sentem. Ele é como um trauma que aprendeu a amar. E, por mais que o universo pareça conspirar contra, eles se pertencem.

A premissa do multiverso é ousada para um BL: vidas paralelas, memórias cruzadas, sentimentos que não deveriam existir. Mas há pontos da trama, como a habilidade do Jin de ler mentes e certas motivações do Cir de outros universos, que ficam no ar, pouco explorados ou mal explicados, o que pode frustrar quem gosta de respostas claras.

Apesar disso, o roteiro, embora às vezes confuso e com diálogos expositivos demais, funciona na construção dessa atmosfera desconfortável e dolorosamente humana. A produção simples e os cortes secos, junto com efeitos visuais quase simbólicos, podem incomodar quem espera algo mais polido, mas ajudam a criar um clima único.

Algumas cenas têm uma intensidade silenciosa que não sai da cabeça, e o final… bom, não é para quem busca fechamento, mas para quem aceita a ferida aberta.

Se você quer algo tecnicamente perfeito, com trilha sonora elaborada e aquele slow burn clássico, pode se decepcionar. Mas se gosta de romances que doem, amores quebrados tentando se remendar no caos do tempo e da memória, essa série é um soco na alma do jeito certo.

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Completed
La Cuisine
2 people found this review helpful
Jun 7, 2025
13 of 13 episodes seen
Completed 0
Overall 7.0
Story 7.0
Acting/Cast 7.0
Music 7.0
Rewatch Value 7.0

Um romance que quase acerta o ponto

La Cuisine é como aquela receita bonita que você salva no Pinterest: a promessa está ali, os ingredientes parecem perfeitos, mas na hora de executar… alguma coisa desanda. Ainda assim, mesmo com seus tropeços e uma ou outra pitada a mais de açúcar ou sal, a série consegue deixar um gosto suave de carinho no fim.

Ram é um estudante de arquitetura metódico, daqueles que pesam até a alma antes de tomar uma decisão. Frio, contido, introspectivo, mas não por maldade, e sim por defesa. Do outro lado, Lukchup é o oposto: leve, vibrante, um raio de sol com avental colorido. A dinâmica deles poderia facilmente cair no clichê do “frio encontra o quente”, mas há algo delicado na forma como esse encontro acontece. Como uma panela esquentando devagar, eles vão se aproximando, em silêncio, em olhares, em pequenas gentilezas, e aí, quando você menos espera, está torcendo por eles mesmo depois de diálogos truncados e cenas que pareciam ter sido escritas às pressas.

Há momentos que aquecem o coração com sinceridade. As cenas em que Lukchup cozinha especialmente para Ram são os momentos em que a comida e o romance finalmente se encontram com propósito. O olhar cúmplice, o cuidado na montagem, a troca silenciosa de afeto, ali, a série mostra o que poderia ter sido. Você sente que, naquele prato, tem mais do que ingredientes bem escolhidos. Tem intenção, tem desejo de ser visto, tem um tipo de carinho tímido que não precisa de palavras para ser entendido. Outro ponto alto é a insegurança de Lukchup em relação ao seu próprio talento, algo que muitos podem se identificar. E Ram, apesar da falta de tato emocional, vai aprendendo a estar ao lado, não como herói, mas como presença. Isso é raro e, honestamente, doce.

Mas é claro, nem tudo são flores. A série se perde em cenas que parecem colocadas apenas para preencher tempo, diálogos que giram em círculos e momentos de tensão artificial que quebram o clima. Faltam picos de emoção mais bem construídos. A relação avança em um ritmo tão sutil que às vezes parece parada, como se o roteiro estivesse com medo de se comprometer com o próprio romance. E isso compromete o impacto emocional.

Mesmo assim, La Cuisine tem algo de sincero. Como aquele restaurante pequeno com luz baixa e pratos bonitos, talvez você não saia de lá completamente saciado, mas ainda assim, guarda a lembrança do sabor de algo feito com carinho.

É um romance imperfeito, sim, mas com coração. Faltou drama bem conduzido, faltou química em alguns pontos, mas sobrou vontade de ser gentil. E às vezes, isso já basta. Porque no fim, La Cuisine não tenta ser um banquete. É só um jantar a dois, com falhas, risadas, silêncios desconfortáveis… e um amor que vai surgindo aos poucos, como um cheiro bom vindo da cozinha.

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Completed
Kissable Lips
2 people found this review helpful
Jun 6, 2025
8 of 8 episodes seen
Completed 0
Overall 3.0
Story 2.0
Acting/Cast 4.0
Music 4.0
Rewatch Value 2.0

Vampiros, sangue e roteiro anêmico

Ah, Kissable Lips. A proposta era ousada: um romance entre um vampiro melancólico e um estudante humano, misturando paixão proibida com tragédia sobrenatural. Mas o que a gente recebe é basicamente Crepúsculo versão low budget com dois protagonistas lindos tentando desesperadamente convencer o público de que estão apaixonados, mesmo quando o roteiro parece querer sugar a vida da série mais do que o vampiro do sangue.

Kim Jun-ho, o vampiro protagonista, está morrendo porque não consegue mais beber sangue humano (questão de ética, crise existencial ou nojinho? Nunca saberemos). Ele encontra Choi Min-hyun, um rapaz com “sangue especial”, o que significa que ele é o escolhido, o sangue raro, o combo do Méqui que vai salvar a existência do vampirão.

O problema é que Kissable Lips quer ser sensual, mas não tem tempo. Com só 8 episódios de cerca de 10 minutos, o romance corre tanto que parece um speedrun afetivo: eles se conhecem, se olham, estão apaixonados, estão sofrendo, estão morrendo. Tudo isso em menos de uma hora e meia. O desenvolvimento emocional é tão raso que se pisar forte, escorrega.

E a atuação? Vamos ser honestos: não é péssima, mas também não ajuda. Os diálogos são tão secos que parece que os personagens estão lendo placas de trânsito. A química entre os protagonistas tem seus momentos, mas sofre com um roteiro que prefere repetir o drama da imortalidade a explorar qualquer tensão real entre eles. E o vilão, se é que podemos chamar assim, parece ter saído de um ensaio escolar de Halloween.

Ponto positivo? Visualmente, a série tenta parecer estilosa. Algumas cenas até funcionam como clipes de K-pop alternativo com vampiros. E, sinceramente, Jun-ho apenas existindo é um agrado estético que ninguém reclama, ele é maravilhoso. Pena que o conteúdo do BL não faz jus a ele.

Kissable Lips é o típico BL que você assiste mais pelo conceito e pela estética do que pela história em si. Parece uma fanfic adaptada às pressas, com zero tempo para criar tensão real, mas que ainda assim pode render suspiros (e risadas involuntárias) se você estiver no clima certo, tipo numa madrugada entediada com fones de ouvido e expectativa baixa.

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