Flourish Peony
Flourish Peony é um drama que me arrebatou por completo: sensível, poderoso e com personagens inesquecíveis. Nunca fui particularmente fã de histórias de época e sempre preferi as modernas, mas quando comecei essa, já me surpreendi com a qualidade dela logo nos primeiros episódios.Mudan, a protagonista, é uma das melhores personagens femininas que já vi em qualquer drama. Ela começa a história vulnerável, mas vai ganhando força (mais do que já tem), voz e espaço à medida que enfrenta as dificuldades. Sua história é profundamente injusta e comovente, mas a forma como ela resiste e se reinventa é incrível. Seus sonhos, valores e propósito fazem com que a cada episódio ela fique ainda mais admirável. Jiang, por sua vez, é aquele personagem masculino cheio de camadas: influente, sedutor, vive sorrindo e despreocupado com tudo… mas é muito mais profundo do que pensamos. Ele carrega angústias e segredos, tem uma bondade gigante dentro de si e cativa muito a cada episódio que passa. Gosto de como ele arranca risadas com suas expressões, suas falas espontâneas e seu jeito desconcertante. Mas o que mais gosto nele é que ele é o homem que deixa que Mudan floresça. Ele não é um herói salvador. Ele sabe a hora de ajudar e a hora de dar espaço. Ele sabe que ela é inteligente, perspicaz e astuta. E ele não se sente intimidado com isso — ele a admira. O drama não se apressa em transformar a relação dos dois em algo tão romântico, mas trabalha muito bem a admiração mútua. Esse romance não é sobre declarações fofas, no fim… e sim sobre sobre confiança, amizade e aliança.
O ritmo da narrativa de Flourish Peony é impecável. Tudo tem tempo, sem pressa. As relações se constroem devagar e com profundidade, os conflitos com cuidado, e os diálogos têm muito peso. A crítica social é forte e importante: fala sobre casamento forçado, poder patriarcal, silenciamento de mulheres, manipulação política — e tudo isso através da história de uma mulher trabalhadora que só deseja cultivar flores e viver bem. A mãe de Mudan é a raiz de sua força. Suas amigas são o abraço que a sustentou. Suas perdas a fortaleceram. As mulheres ao redor a acolhem e a inspiram.
Um ponto que não chega a ser um “defeito” do drama, mas que mexeu muito comigo, foi a quantidade de injustiças que Mudan enfrentou e que ao final, não foram resolvidas. Mas mesmo com as pontas soltas, também deixou a promessa de que o que está por vir pode ser ainda melhor. Aguardo ansiosamente a segunda temporada!
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Marry My Husband (Japan)
Tendo assistido a versão sul-coreana antes, confesso que comecei esse remake sem grandes expectativas de que seria muito diferente, mas me enganei: a adaptação japonesa seguiu um caminho próprio e único, e conseguiu me impactar muito. A fotografia deste drama é lindíssima, com uma sensibilidade estética que só o Japão sabe entregar. Cada cena parece pensada para tocar, de maneira sutil, o nosso coração. Os personagens aqui são mais serenos, mais pacíficos, o que trouxe uma delicadeza para a trama que a outra versão não tem. Mesmo já conhecendo o enredo, me peguei ansiosa a cada episódio, como se fosse a primeira vez!Was this review helpful to you?
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Moonlit Reunion
Comecei Moonlit Reunion sem muitas expectativas, já que fantasia não é muito o meu gênero, mas o bom de se aventurar no mundo dos C-dramas é justamente descobrir produções incríveis.Moonlit Reunion tem uma atmosfera envolvente e muito bem construída. Gostei muito da protagonista feminina: forte, independente e feroz, do jeitinho que eu gosto. A química entre o casal é muito boa, mesmo que o romance tenha demorado para acontecer.
A história desenvolve bem, só senti que a revelação das identidades poderia ter sido feita de forma mais natural, e que alguns coadjuvantes, como o assistente insistente da protagonista, só trouxeram frustração. O final foi bom, mas deixou um gostinho de “queria mais”: gostaria de ter visto mais momentos do casal principal, casais secundários juntos e vilões com punições mais elaboradas.
Mesmo assim, foi uma experiência positiva, que me mostrou que fantasia pode sim me conquistar. Uma história com personagens bem construídos, química convincente e um visual encantador.
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Before We Get Married
Eu gostei muito da proposta de Before We Get Married, que é mostrar que nem todo relacionamento que caminha para o altar é, de fato, saudável ou verdadeiro e que é necessário sairmos de onde estamos insatisfeitos ou infelizes para buscar a autossatisfação e a felicidade, mas também fiquei com sentimentos conflitantes sobre a execução da história.O Kehuan é um personagem que me causou sentimentos mistos. Ele está infeliz há anos em seu relacionamento e, ao conhecer Weiwei, enxerga nela uma possibilidade de mudança para si. Nesse contexto, ele é o provocador de toda a mudança (nele e nela). Isso pra mim foi um acerto. O problema é que ele não mede consequências. Sua impulsividade, seu jeito extremo e até irresponsável emocionalmente me incomodaram várias vezes. Ele não é um personagem odiável, mas é difícil se conectar com alguém que age tanto pelo impulso, sem considerar o impacto que isso tem nos outros.
Weiwei, por outro lado, é a personagem que é impactada pelas ações dele: ela vive em um relacionamento aparentemente normal, mas que falta algo no fundo. Mesmo assim, ela só segue a vida no piloto automático sem questionar muito. O ponto alto da história dela é quando ela começa a perceber (graças ao Kehuan) que os planos que tem para o futuro não são realmente dela, mas uma projeção do que o atual noivo espera. A partir disso, a jornada de autoconhecimento e priorização dela é bonita de acompanhar. Porém, mesmo com essa evolução, achei Weiwei uma personagem fraca em vários momentos. Às vezes, sua postura beirava o ingênuo. Os respetivos namorados eram ambos péssimas pessoas e a trama da melhor amiga de Weiwei não me pegou, eu na verdade achei ela bem irritante.
Mesmo com personagens que desagradaram em vários momentos, o desenvolvimento da trama é bom. O roteiro sabe construir tensão e o casal principal tem uma química tão forte e natural e foi isso que me prendeu até o final. O desfecho me satisfez. Não achei que foi um final perfeito, mas foi coerente com a proposta da história. no fim, ele me provocou muitas reflexões sobre coragem e autenticidade, e isso é um mérito grande.
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Sweet Home
Eu, particularmente, nunca fui fã de tramas do gênero de terror apocalíptico. Mas dei uma chance para este, já que meu ator favorito (alô Song Kang) protagoniza ele e também, queria me abrir para outros gêneros. Para mim, o destaque de Sweet Home é o desenvolvimento dos personagens e da história em si. Achei tudo bem construído e coerente. A narrativa introduz o conceito de desejos humanos manifestados como monstros, explorando a psique e a personalidade dos personagens em meio ao caos. No geral, acho que a série evoluiu ao longo de suas três temporadas, introduzindo novos elementos e personagens, mas nem sempre me senti presa à trama. Talvez duas temporadas pudessem ter sido suficientes, pois notei uma dificuldade em me conectar com a história em muitos momentos, dado pelo excesso de informações e acontecimentos. A ausência de personagens que eu gostava e acabaram não estando nas últimas temporadas também foi um impacto. Mesmo assim, acho que ela finalizou bem! É uma boa série para quem gosta ou quer começar a assistir o gênero pela perspectiva da TV asiática.Was this review helpful to you?
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Queen Of Tears
Queen of Tears é uma história de amor que não me convenceu. Ele caminha por muitos tons — romance, melodrama, intrigas corporativas e familiares — e isso me incomodou desde o início. Não que eu não goste de histórias de vários gêneros ou com dilemas distintos sendo tratados, mas acho que a promessa de Queen of Tears de que encontraríamos um casal que já foi apaixonado resolvendo os conflitos do casamento é equivocada. No fim, o que foi entregue foi um verdadeiro caos dramático. Sou fã de melodramas, mas achei um exagero o mix de herança, traição, sabotagem empresarial, familiares mesquinhos, vilões megalomaníacos... tudo ao mesmo tempo tirando o foco do que realmente deveria importar: a relação entre Hyun-woo e Hae-in, o casal de protagonistas que no fim, nem tanta química teve. Eu esperei ansiosamente alguma revelação significativa, algo que justificasse o abismo entre eles. Mas a demora em apresentar isso gerou tanta frustração, e quando as explicações chegaram, as outras tramas paralelas já tinham me consumido a ponto de prevenir qualquer tipo de conexão com o casal.No geral, gostei muito de Hyun-woo e Hae-in, individualmente: ele era bondoso, gentil e persistente. Sua vontade de se divorciar vinha de um esgotamento emocional constante. Hae-in criou um muro, e ele bateu ali repetidas vezes, resolveu desistir, mas ao final voltou a se conectar com a mulher que se apaixonou e enfrentou grandes batalhas por ela. Confesso que estranhei as comemorações que ele fazia quando soube que a doença dela era terminal, achei de um exagero tremendo. Mesmo assim, vi verdade no processo dele de se reapaixonar por ela. Hae-in, por sua vez, é uma personagem complexa e difícil: por um lado, é impossível não sentir empatia pelo sofrimento que ela viveu. Mas, por outro lado, a forma como ela reage é um ponto de ruptura forte, que marca o início do fim da comunicação entre ela e ele. Conforme os episódios passavam, a narrativa tentava correr em várias direções ao mesmo tempo, e isso me cansou um certo cansaço. Me senti, inclusive, até sufocada e alguns momentos. Hyun-woo nunca tinha paz, ele era o verdadeiro *rei das lágrimas* hahaha.
Ao final, tantas coisas aconteceram e não senti um alívio com o fechamento da história, mesmo que tenha sido feliz. Talvez Queen of Tears queira induzir a reflexão de que o amor resiste ao tempo, à doença, aos traumas, aos mal-entendidos, às famílias destrutivas, aos conflitos corporativos... ao universo inteiro. Para muita gente, isso é bonito. Mas para outras, pode ser exaustivo, e para mim, foi. A trajetória do casal começou com distância, mágoas e frieza até introduzir um pouco de como se conheceram no passado, e, nesse momento, até consegui sorrir e achar a interação deles fofa, mas é tudo limitado: não mostra muito do namoro e do casamento, pulando para a parte conflituosa… e termina com eles juntos, mas sem um arco relacional forte o suficiente para justificar emocionalmente essa reconciliação. O passado só existe para tentar justificar um amor que o presente e o desenvolvimento da história não sustentam. No fim, ela parece querer que você acredite que o amor sobreviveu porque eles passaram por tudo isso, mas o problema é que você não sente isso junto com eles. O roteiro diz, mas não mostra. A frustração maior é justamente essa: esperar algo que nunca veio.
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Bon Appetit, Your Majesty
Uma história com temática interessante e visualmente encantadora, que conquista principalmente pelas cenas de comida, que são bem filmadas, detalhadas e cheias de afeto! Elas são, sem dúvida, a alma deste Kdrama. O cuidado com a fotografia, o som, as cores e até o ritmo da preparação dos pratos me deixaram encantada (com fome hahaha). Os personagens são outro ponto forte. A protagonista é cativante, o rei é engraçado e carismático, e alguns coadjuvantes (cozinheiros, bobo da corte e os amigos do rei) também encantam.A narrativa começa envolvente, mas acaba se tornando apressada e superficial, com muitos pontos pouco desenvolvidos. Finais felizes são bons, mas acho que precisam ser coerentes. Esperava mais.
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Everybody Loves Me
Tenho uma relação de amor e ódio com Everybody Loves Me. A personagem feminina é o que mais gosto na história: ela é uma garota madura, bem posicionada, corajosa e competente. Adorava acompanhar seus pequenos surtos relacionados ao Gu Xun e ao trabalho. Dei várias risadas com ela, apesar de algumas pequenas irritações com algumas atitudes tomadas no final da trama que não acho que condiziam com sua personalidade. Mesmo assim, acompanhar sua jornada de desenvolvimento e crescimento profissional foi ótimo. A temática de jogos também é um ponto alto do drama, com uma abordagem boa.Gu Xun, por sua vez, é um personagem que tentei várias e várias vezes gostar ou pelo menos simpatizar, mas não consegui. Eu me questionava o motivo do nome do drama ser “todo mundo me ama”, mas percebi que ele faz jus ao personagem, que se acha e tem um ego enorme. O casal, para mim, nunca teve química e talvez o motivo seja justamente esse: o cara era um saco. Alguns personagens coadjuvantes eram interessantes mas achei o desenvolvimento de suas tramas próprias bem fraco. O casal coadjuvante tinha tudo para ser bom, mas a enrolação era tremenda.
Por fim, Everybody Loves Me é uma daquelas histórias que até dá pra salvar alguma coisinha ou outra, mas poucas.
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Nevertheless
Nevertheless é um K-drama que se destaca dentre tantos outros: no mundo televisivo onde o amor é um conto de fadas, os homens são perfeitos e tudo é maravilhoso, essa história trata das relações de uma forma mais realista, retratando a complexidade dos relacionamentos amorosos e das interações humanas. A história é contada a partir da experiência e visão de Nabi, que narra seus sentimentos detalhadamente, o que me fez ficar fascinada, sem contar que a cinematografia de Nevertheless assim como a trilha sonora são as mais lindas que já vi em um K-drama.Percebo a Nabi como uma mulher carente de afeto, pois tudo o que ela tem além das amigas da faculdade é sua tia, mas a mesma mora longe. Nabi saiu de um relacionamento tóxico recente e tem conflitos na relação com a mãe, se sentindo rejeitada. Quando conhecemos mais dela, percebemos o motivo desse apego e idealização em Jae-eon, que cresce rapidamente conforme eles passam tempo juntos e floresce mesmo que ele tenha comunicado que não tem interesse em namorar, pois Nabi ainda espera isso dele e alimenta uma expectativa interna que a faz mal. Seu erro é não dar um tempo para se curar do antigo e buscar o novo tão impulsivamente, e isso evidencia algumas questões de insegurança na personagem. Jae-eon também carrega dilemas pessoais: possui um relacionamento distante com sua mãe e mora sozinho, o que nos faz perceber que ele também é mais complexo em quesito sentimental do que tem um caráter ruim. O maior problema dele é não perceber que ilude as mulheres nas quais se envolve, e a série apresenta uma analogia utilizando borboletas incrível sobre isso! Jae-eon também se sente confuso quando percebe seus sentimentos por Nabi e passa a entrar em conflito consigo mesmo ao encarar essas emoções.
Em um certo momento na trama pude perceber o porquê de tantas críticas a este K-drama vindo majoritariamente de mulheres que costumam consumir conteúdos sul-coreanos: Nevertheless não segue o estereótipo padronizado comum da Coréia do Sul, onde relacionamentos são perfeitos, inocente e fofos. Pelo contrário, a série nos estimula a refletir sobre as expectativas que colocamos sobre as outras pessoas, a importância da comunicação e diálogo nas relações e de como não basta ter atração e afeto para namorar, na realidade um relacionamento sério exige outras coisas de nós.
Os desenvolvimentos dos personagens coadjuvantes também é um ponto alto do K-drama. Eu amei acompanhar o desenrolar da relação das duas amigas de Nabi, e fiquei feliz que deram espaço para um relacionamento lésbico em uma produção de um país que ainda não fez avanços acerca da comunidade LGBTQIA+. O surgimento do amigo de infância de Nabi vem para possibilitar os esclarecimentos dos sentimentos entre ela e Jae-eon, mas fiquei com dó rapaz no fim das contas. Ele era uma opção mais saudável para Nabi? Talvez, mas ela não manda em seu coração e não controla o que sente, igual a nós espectadores.
Por fim, a lição que fica é: o amor não é perfeito, relações humanas são complexas e envolvem comprometimento e responsabilidade afetiva. O casal no final não resolve todos os conflitos, mas se entregam e se disponibilizam para tentar ser felizes juntos mesmo sem saber se dará certo, e isso é exatamente o que fazemos na vida real: tentamos ser felizes, apesar de tudo…
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If You Wish Upon Me
If You Wish Upon Me tem uma história sensível, bonita e acolhedora. É, em alguns momentos, um pouco pesada e tem acontecimentos que realmente impactam, mas ao mesmo tempo causa aquele quentinho no coração e ao terminar, senti gratidão pela existência desse drama.A história como um todo é muito preciosa! Temos momentos lindos e emocionantes envolvendo os pacientes e a jornada de Gyeo Re certamente é emocionante. Seu afeto pelo “filho”, seu cachorrinho, seus avanços conforme lida com sentimentos humanos e pessoas vulneráveis e a fé e confiança que os trabalhadores do centro de cuidados colocam em cima dele o faz ressignificar sua jornada e sua relação consigo mesmo, buscando superar todas as suas dificuldades e traumas e se abrir para a felicidade. Os personagens coadjuvantes são incríveis também!
A trama carrega, episódio após episódio, uma reflexão diferente sobre a vida e a morte e sobre como a empatia e solidariedade muda a vida das pessoas para melhor, podendo alcançar até os que já não tem fé na vida. Um viva a todos os atores maravilhosos do elenco, mas sobretudo ao Ji Chang Wook que é tão versátil e tem olhos marcantes, transmitindo com tanta potência as emoções que uma pessoa como Gyeo Re sente.
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Always Home
Eu amo histórias que acompanham o crescimento dos personagens ao longo do tempo, e Always Home faz isso de forma extremamente bonita e acolhedora. É um drama caloroso, daqueles que a gente assiste com um sorriso no rosto sem perceber, refletindo sobre a vida, as mudanças e as pessoas que entram e saem do nosso caminho. Me senti em casa com ele!A protagonista é cheia de energia, gentileza e espontaneidade, e o mais bonito é que ela amadurece sem perder sua essência. Os pais dela são incríveis e ajudam a criar esse sentimento de lar que o drama transmite tão bem. Queria ser dessa família! hahaha
O protagonista masculino também tem uma jornada muito sensível, amadurecendo cedo demais, mas sem perder o carisma e o cuidado. Os momentos deles são muito fofos. O romance é calmo e seguro, sem conflitos exagerados, embora eu tenha sentido falta de ver um pouco mais do casal no final.
Poucas coisas me incomodaram, mas fiquei chateada com o arco de uma personagem que poderia ter sido mais bem desenvolvido: a Qi Qi. Ela é difícil de se conectar, e fica ausente por boa parte do drama, mesmo sendo uma das protagonistas.
Mesmo assim, é um drama que vale muito a pena. Acolhe, emociona e deixa saudade. Eu madruguei assistindo e terminei com o coração quentinho. Já tô com saudade dele!
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Our Unwritten Seoul
Eu criei várias expectativas com Our Unwritten Seoul porque vi, mais de uma vez, opiniões de pessoas dizendo que ele é o melhor K-drama do ano. Acho que essas expectativas podem ter atrapalhado um pouco a minha experiência…Comecei a história presa à ela, apreciando cada minuto, mas finalizei desapontada. O drama não é ruim, mas ele construiu um clima e um caminho que me fizeram acreditar que existia um destino forte esperando, algo maior. E aí… não veio. Alguns desenvolvimentos soaram incoerentes, algumas decisões pareciam desconectadas demais da história, e certos personagens simplesmente não caminharam.
Os primeiros episódios me cativaram de verdade. Talvez eu também estivesse num momento muito parecido com o da Mi-ji, porque me vi nela em vários aspectos: perdida, mas esperançosa; vulnerável, mas tentando se manter de pé. A atmosfera do drama é, sem dúvidas, o que ele tem de mais acolhedor. É calmo e suave. Perfeito para dias ruins, para quem quer respirar fundo, ou só acompanhar alguém caminhando devagar pela própria vida. A Mi-ji, principalmente, é uma personagem tão gentil que dá vontade de guardar ela num potinho. Eu realmente me conectei com ela. Sua jornada foi muito bonita.
De resto, não posso dizer que apreciei a Mi-rae, apesar de ter gostado de seu encerramento, e também sua mãe (sempre rígida) e Ho-su (que apesar de ter uma vulnerabilidade e carregar seus traumas na história, é extremamente egoísta e egocêntrico). Não entendi o motivo de alguns outros coadjuvantes terem tanto tempo de tela. Também não entendi o propósito de Ro-sa na história, apesar de ter gostado muito dela.
No fim, acho que valeu a pena assistir. É uma história bonita, com personagens sensíveis e com momentos muito humanos. A vibe inteira do drama é tão aconchegante que, mesmo com seus tropeços, ainda deixa algo bom na gente.
Ps. Park Bo-young, que ATRIZ!
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Kill Me Love Me
Eu comecei Kill Me, Love Me sem muita expectativa. Já sabia do final trágico porque tomei spoilers, mas algo nele me puxava e mesmo sabendo que provavelmente sairia dessa história desolada, não queria perder a experiência de assistir a um drama que parecia ser incrível — e ele foi. É uma história sobre tragédias, recomeços, e acima de tudo a inevitabilidade da vida. É trágico, bonito e cheio de coragem narrativa. Não é um romance clichê e feliz, mas é grandioso!Eu esperava que a morte me incomodasse mais, mas o incômodo real veio antes, nas decisões narrativas: a falta de diálogo entre os protagonistas sobre tudo o que aconteceu antes da separação deles e também o pouco tempo que eles tiveram juntos, o desenvolvimento da história de outros personagens e algumas pontas soltas importantes, especialmente sobre o papel do Mestre das Sombras. Acima de tudo, o problema para mim não foi a tragédia em si, mas o caminho até ela.
No fim, foi uma história que valeu a pena, com uma qualidade de produção impecável e ótimas atuações. Só sinto que poderia ter sido menos doloroso. Mesmo sabendo que a dor é a personagem principal da história. Também queria que fosse menos confuso em alguns pontos. terminei essa história com várias dúvidas, e imagino que não sou a única…
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Amidst a Snowstorm of Love
Amidst a Snowstorm of Love é um daqueles melodramas perfeitos para dias ruins. Comecei ele numa semana difícil, e sua atmosfera e personagens com suas próprias jornadas se tornaram o meu refúgio.A construção do relacionamento dos protagonistas é o ponto mais forte: olhares cheios de desejo, cuidado, carinho e um afeto que nasce devagar, mas muito firme. A química entre o casal é uma das melhores que já vi, e a relação deles é saudável, respeitosa e positiva! As jornadas individuais também são bonitas, principalmente a de Lin, que lida com traumas, perdas e recomeços.
Uma história praticamente perfeita, só achei a reta final um pouquinho estagnada. Os últimos episódios se tornaram monótonos e senti que a história entrou numa espécie de suspensão, compreensível emocionalmente, mas arrastada.
Mesmo assim, a experiência geral foi linda e muito especial.
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Wonderland of Love
Fazia um tempo desde que um cdrama de época não me deixava tão apegada pela história quanto Wonderland of Love. Os protagonistas são daquele tipo de casal que cativa pela ótima química. A dinâmica deles é construída sobre estratégia, provocação e um entendimento silencioso que deixa cada olhar mais significativo que qualquer grande declaração. As cartas, a saudade que eles não precisavam verbalizar, os reencontros tímidos… tudo isso me encantou muito!A história desenvolve bem, apesar de alguns tropeços: muitos conflitos surgem pro casal, alguns sem necessidade e com um comportamento infantil e incoerente muitas vezes, especialmente quando eles se casam e passam a viver como príncipe e princesa.
Outro ponto que não funcionou para mim foi a mudança súbita do pai de Li Ni nos minutos finais, tentando reparar décadas de frieza e crueldade. Não colou. Já era tarde demais e a sensação que ficou é que o roteiro queria apenas dar um laço bonito onde não havia espaço para isso.
Mas, apesar dos tropeços, Wonderland of Love entrega um encerramento bonito. O momento em que Li Ni volta para o lugar onde sempre quis viver, agora com uma família e carregando a memória dos amigos que perdeu, fecha sua jornada com uma sensibilidade linda.
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